sexta-feira, 20 de março de 2009

Colorindo árvores



Hoje, acho que às 8h40min, começou o outono. As folhas das árvores da rua onde moro começam a fazer transformações em suas cores. Somente do alto se tem esta visão. Parece um encantamento produzido pela natureza para surpreender olhos atentos. Como se avisasse que a vida não é apenas correria, mas que um pouco de pausa faz bem para alma, para o olhar e para o corpo que agradece extasiado em um relaxamento momentâneo.

Encantada com as novas cores que a partir de hoje serão pintadas nas folhas verdes, antecipo o que ocorrerá durante este mês com a chegada do outono. Antecipo com fotos do ano passado; um passado que sempre retorna, que é sempre belo e sempre atual.

Em uma meu olhar desfocou, mas a beleza das cores não me deixa deletá-la.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Quando o coração chora

Construir castelos baseados em castelos alheios foi o início, ou melhor, o nascimento de tudo o quê queria construir em meus sonhos. Sonhos que na sua maioria, realmente, só aconteceriam em minha mente, dentro do meu coração. Sonhos que achava que poderiam ser realizados.

Construí outros castelos e o alheio despontou no presente, mas uma vez. Apresentou-se vestido de sorriso, de brilho nos olhos e eu, por um longo instante, embarquei nesta viagem. Mas, o alheio continuou sendo o alheio, que percebi ser alheio quando os castelos que construí foram colocados na dimensão a que, realmente, pertenciam.

Então olhei para dentro do meu coração e senti que o alheio morava em sua própria dimensão. E rapidamente, o peso da realidade surpreendeu minha mente! Vi que meus olhos estavam velados e que meu coração não sabia viver. Minhas mãos seguravam o vazio que abrigava uma pontinha de medo. Meus braços desfaleciam e meus olhos iam se perdendo dentro de mim mesma. Constatavam o amor ao alheio e a distancia que, talvez, os uniam. Na frente de meu corpo fora depositada a incerteza e em minha nuca o peso das lágrimas que meu coração teimava em deixar escapar.