Peguei tintas e pincéis. Livremente invadi o papel branco que estava ali a espera de letras, grafitis ou impressões. Fosse o que fosse ele esperava pacientemente por algo expressivo. Mas eu aflita precisava preencher aquele espaço e me expressar. Assim, nos unimos no ato generoso da entrega e uma simples obra foi criada.
Ali estava um pouco do meu eu decifrado em uma simples folha de papel em branco. Sem críticas ou perfeição apenas deixei correr a minha mão unida ao meu coração. Voltei a ser criança e exercitei o reencontro ou talvez o encontro com minha essência, com minha alma.
Aquele tempo foi sagrado, como algo que queremos ver eternizado. Agora a folha em branco tinha alma e eu, uma folha com as cores da minha criação.